Monday, April 23, 2007

A sociedade está formatada!?

Aqui há uns tempos via eu uma reportagem num dos nossos telejornais, na qual se questionavam jovens adolescentes do sexo feminino sobre os seus gostos em relação ao sexo oposto. A grande maioria dizia “gosto daquele que tiver o estilo surfista”. Automaticamente me ocorreu uma questão pertinente: teria a amostra utilizada na recolha de opiniões desta reportagem sido suficientemente homogénea para e chegar a respostas verdadeiramente conclusivas? Obviamente que não. Mas, eis que, de repente, surgem mais “miúdas” de outras escolas a ser questionadas e com as suas respostas a serem semelhantes às já mencionadas. Tenho de vos dizer, amigos, que não foi sem alguma preocupação que assisti a este pedaço de televisão. Claro que, se pensarmos bem, desde os primórdios que, principalmente na idade adolescente, sempre existiram os freaks and geeks, os betinhos e os mais aparentemente normais. E continuam a existir. O que me preocupa é que uma maioria continue a “impor”, ainda que por vezes inadvertidamente (como nesta peça televisiva), os seus gostos não deixando espaço a uma pluralidade de opiniões, formatando cada vez mais uma sociedade que já é formatada de si, e na qual descobrir o pormenor, o detalhe, a diferença leva quase sempre a uma exclusão social que sempre existiu no nosso meio mas que, convenhamos, não queremos que se imponha tão cedo, em idades ainda tão provectas. Por outro lado, percebemos que é a nossa própria sociedade que impõe esta lógica de pensamento aos mais novos. São os pais que querem a todo o custo que os seus filhos sejam médicos, advogados, professores, engenheiros e outros que tais, é a própria sociedade civil que olha as pessoas consoante as habilitações ou o grau de sucesso que possuem. “É algo natural, as pessoas precisam de criar rótulos” dizia-me, há dias, um colega meu. “Ninguém está isento de culpas nesse fenómeno. Até porque não são só os ‘bem colocados’ socialmente a lucrar com a situação. Se reparares, há todo um grupo de pessoas que se orgulham de ser ‘rebeldes sem causa’, que se orgulham de ser diferentes e que não poderiam existir se não existisse esse outro grupo mais vasto de pessoas aparentemente ‘normalizadas pelo sistema’.”. É uma observação pertinente a deste meu colega e deixou-me a pensar sobre a minha real opinião acerca de tudo isto. Quem era eu na adolescência e quem sou eu agora? E o que me fez mudar pelo caminho? Cheguei à conclusão de que tive sorte em, na minha adolescência, ter convivido com um grupo que permitia e promovia a diversidade de ideias não menosprezando nenhuma delas, debatendo-as sobretudo, e que isso me transformou numa pessoa de convicções e personalidade fortes, nem sempre certo (quantas vezes confundi convicção com teimosia…) mas quase sempre suficientemente independente na forma de pensar para conseguir conduzir a minha vida de forma adequada dentro e desta sociedade impositiva. Uma espécie de John Sayles de trazer por casa. O que me fez chegar a uma conclusão ainda mais interessante: o que o meu colega me dizia era verdadeiro, mas revestia-se de uma verdade convencional, já de si formatada, porque “a nossa luta” não deve ser a de saber viver entre os rótulos que nos são impostos, mas sim a de saber pensar por nós próprios e fazer ver os outros que, mais que a catalogação das pessoas, é importante e imprescindível dar a ver a quem é diferente de nós que verdade não tem uma só face. Tem muitas! E nenhuma delas é certa nem errada. São diferentes. E que aquilo que realmente vale a pena não deve sê-lo simplesmente por ser a opinião da maioria, mas sim por mostrar que a realidade não se pinta a preto e branco e que é nos pormenores que realmente reside o interessante da coisa.

Thursday, April 19, 2007

Mas porque é que eles só se lembram todos de jogar contra o Benfica?? Valha-nos o Pedro Roma...


Vem esta minha reflexão a propósito da meia-final da Taça de Portugal na qual o Sporting venceu ontem o Beira-Mar por 2 a 1. Toda a gente sabe que, apesar de ser benfiquista, antes de mais sou adepto de futebol e, como tal, há que reconhecer o mérito dos outros quando esse mérito realmente existe. O Sporting ganhou bem, não há contestação. O que me custa verificar é que este Beira-Mar seja o mesmo que defrontou e empatou com o Benfica há apenas uma semana. Tal como me custou verificar que o Braga, uma das grandes decepções da presente Superliga, há que dizê-lo, que vai no seu terceiro treinador esta época, tem uma equipa esfrangalhada, cada um corre para o seu lado, sem sistema táctico que resista, pratica mau futebol, e conta o Benfica... acho que nem preciso dizer mais nada! E que dizer do Boavista, que se arrasta pelo meio da tabela numa época penosa e atribulada que nem o Jaimão da casa consegue controlar? Na Luz... zero a zero, claro. Tudo bem, neste jogo temos de dar o desconto do Katsouranis estar com especial propensão para acertar nos ferros da baliza (só suas foram 3, mais uma do Luisão...) e do William ter feito o jogo da vida dele mas... afinal quem é esse William, que se arrasta pelos relvados nacionais sofrendo "frangos" atrás de "frangos" e depois chega ao Benfica e vira o verdadeiro salvador da pátria? Sim, que isto dos guarda-redes se inspirarem quando jogam contra o Benfica já começa a ser tradição: ele é o Costinha (Belenenses) a fazer vôos que envergonhariam os aviões da TAP, ele é o Marco Tábuas (Vitória de Setúbal) que parece que renova todos os anos só para poder jogar contra o Benfica, ele é o Eduardo (Beira-Mar) que... pronto, é o Eduardo mas contra o Benfica vê-se... ele até é o Paulo Santos (Braga) e o Helton (Porto) que até são excelentes guarda-redes mas que até vinham de fases menos boas e "acordaram" adivinhem contra quem?? Será preciso dizer mais alguma coisa? Então e o FC Porto, meus amigos? Só o nosso velho amigo Pedro Roma (Académica) é que se lembra dos amigos?

Wednesday, April 11, 2007

Ai estas séries...

Que os EUA estão numa Idade Dourada no que se refere a séries de TV não era segredo. Agora que os portugueses iam voltar adoptá-las depois de um período em que praticamente só se via novelas na programação nacional é que é novidade. Ele é Donas de Casa Desesperadas, Perdidos, Dois Homens e Meio, Everybody Loves Raymond, Smallville, Heroes, Friday Night Lights e o inevitável Prison Break que é, apenas, um dos maiores vícios que alguma vez tive oportunidade de ver na TV. Eu sei que a RTP1 e a Fox estão a transmití-la mas n resisti a ver tudo seguido e os episódios chegaram-me em catadupa às mãos. Vejam e deleitem-se! É do melhor!

Mercy, Mercy Me...

É um dos grandes clássicos de Marvin Gaye, mas eu não conhecia. Foi preciso haver uma união entre alguns dos melhores músicos da actualidade para esta beleza me chegar aos ouvidos. A versão, acho eu, nunca foi editada mas acaba por ser, na minha humilde opinião, muito superior ao original. The Strokes, Eddie Vedder e Josh Homme (vocalistas dos Pearl Jam e dos Queens of the Stone Age, respectivamente) juntaram-se e fizeram uma das últimas obras-primas que tive oportunidade de ouvir. E mais uma vez graças à nossa amiga net. Ouçam e deliciem-se!!!

Será desta o regresso???

Muitos têm sido os que me têm perguntado, ao longo dos tempos, pelo nosso blog. A paragem a que o submeti não foi do agrado de muitos os quais insistentemente me têm pedido para retomar actividades. Foi desta forma que me comprometi a regressar ao activo, ainda que por tempo indefinido. Peço, desde já, a colaboração de todos pois é para vós que vivemos. Encontrámo-nos já a seguir... às onze...